10/31/2006

F******!

Em passagem diária pelos blogs de interesse, encontrei este post em http://www.a-praia.blogspot.com/...... achei uma pequena delícia. Aqui fica!


O direito ao «foda-se»Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua.«Pra caralho», por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que «Pra caralho»? «Pra caralho» tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?No gênero do «Pra caralho», mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso «Nem fodendo!». O «Não, não e não!» e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade «Não, absolutamente não!» o substituem. O «Nem fodendo!» é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo «Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!». O impertinente se manca na hora e vai pro shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.Por sua vez, o «porra nenhuma!» atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a bravata daquele chefe idiota senão com um «é PhD porra nenhuma!», ou «ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!». O «porranenhuma», como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", "repone" e, mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma.Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um «Puta-que-pariu!», ou seu correlato «Puta-que-o-pariu!», falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer um «puta-que-o-pariu!» dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.E o que dizer de nosso famoso «vai tomar no cu!»? E sua maravilhosa e reforçadora derivação «vai tomar no olho do seu cu!». Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: «Chega! Vai tomar no olho do seu cu!». Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: «Fodeu!». E sua derivação mais avassaladora ainda: «Fodeu de vez!». Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e autodefesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? «Fodeu de vez!».Sem contar que o nível de estresse de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de «foda-se!» que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do «foda-se!»? O «foda-se!» aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. «Não quer sair comigo? Então foda-se!» «Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!»O direito ao «foda-se!» deveria estar assegurado na Constituição Federal. Liberdade, igualdade, fraternidade e FODA-SE.

10/27/2006

Homo BANG!


A tendência geral da evolução da espécie é nascermos sem dentes do ciso e encurtarmos os dedos dos pés!....
No fundo a leitura é facil.
Ao invés de caçarmos e trincarmos, esguichando sangue, a perna dum javali, este, simpático, aparece-nos hoje logo triturado em forma chique de patê.

Os dedos é outra história....hummm....who knows?

10/26/2006

Turning to yourself!

"I've killed myself with changes trying to make things better, ended up becoming something other than what i had planned to be."

Uma colega minha resolveu, um dia, adoptar este nome no messenger (desculpa Rita, o atrevimento!)....não resisti em deixar aqui a citação por ser tão forte, por não conseguir deixar de me rever e por querer reviver também o dia em que decidi simplesmente sentar-me no sofá.....

10/25/2006

November rain

"Quand on est avec merde jusqu'au cou, il ne nous reste plus que chanter"

Samuel Beckett

10/21/2006

Mitigação


Um quase Kô....

10/16/2006

Boop!...

10/15/2006

O patinho

Ontem despedi-me de uma amiga (amiga e meia) que partiu para uma terra distante na procura daquilo que há dois anos disse ser " o que me mexe cá dentro!"....

Mostrou-me que a qualquer momento podemos sempre dizer "NÃO!", partir do nosso foco, o ponto de onde tudo em nós se desenvolve, e projectarmo-nos lá longe ...sentindo que tudo aquilo que nos move faz sentido, que tudo em nós mexe, finalmente, sem ordens, sem prisões, sem conformações......tudo em nós flui...flutua....se sente único e preenchido!...

E foi a mensagem da demonstração da possibilidade real de sentir essa unicidade e preenchimento que ela me deixou passar....surdamente, tocando bem lá no fundo, onde tão poucos chegam.

10/14/2006

Sugestão

Para quem gosta de jornalismo, o site http://blogs.publico.pt/pontomedia/.

10/12/2006

Tabacaria

Não sou nada. Nunca serei nada.Não posso querer ser nada.
Àparte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
(...)
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
(...)
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
(...)
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
(...)
Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
(...)
Álvaro de Campos, 15-1-1928

A pie!


O amor é quando a malta mora um no outro.

Poeminha do Contra

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!

Mario Quintana

10/11/2006

A rotina


Para uns não ha melhor revelação de segurança.
Para mim, não há pior sufoco!...

10/08/2006

The Daily Show

http://www.youtube.com/watch?v=wJCU863iwG8

10/05/2006

A muralha


A Estátua da Liberdade, situada em NY, tem inscrito:
"Bring us your poor, your tired, your huddled masses"

...acrescentará o dedo do pé..."unless they're from Mexico"?!...

E o tornozelo, que nos reservará?....

10/03/2006

I am a passenger...

10/02/2006


Have a sit. Take some coffee and cookies and listen to a story.

10/01/2006

O Grito


Today, it's been just like this....